Laranjeiras do Sul, 03 de Dezembro de 2025.
A eleição de figuras que ostentam um histórico de vandalismo confesso, como invasões a locais de culto, brigas públicas e a celebração aberta do uso de substâncias ilícitas, para o cargo de Deputado Estadual, expõe o paradoxo mais gritante da política brasileira: a banalização da seriedade pública em nome de uma autenticidade artificial. Enquanto a maioria da população é julgada e penalizada por deslizes muito menores, a esfera política se transformou em um palco onde a transgressão, antes vista como desqualificante, é reempacotada como "ousadia" ou "antissistema", garantindo votos.
Essa dinâmica não celebra a liberdade, mas sim revela uma profunda crise de valores e de representatividade, onde o decoro e o respeito à lei, princípios fundamentais para um legislador, são ativamente trocados por um espetáculo midiático que confunde imunidade parlamentar com licença para a desordem.

